Nasceu em Itaúna, Minas Gerais, em 1º de fevereiro de 1921, filho de Manoel Dias Corrêa e de Maria da Fonseca Corrêa.
Bacharel em Direito pela Universidade de Minas Gerais (1943), passou a advogar em Belo Horizonte. Participou da UDN desde a fundação do partido, em 1945. Nesse mesmo ano integrou-se na campanha do Brigadeiro Eduardo Gomes para a Presidência da República. Em 1946, na Interventoria de Júlio Ferreira de Carvalho, exerceu como interino o cargo de secretário estadual de Finanças João Pinheiro da Silva.
Em 1947, elegeu-se para a Assembleia Estadual Constituinte e para a 1ª Legislatura. Na Constituinte, participou da Comissão Especial de Estudo do Aproveitamento do Rio São Francisco (1948-1949). Como membro das Comissões Permanentes de Redação, cuja vice-presidência ocupou em 1947, de Assuntos Municipais e Interestaduais (1949-1950), de Trabalho e Ordem Social (1949-1950), de Energia e Transportes (1951-1954), e foi suplente das Comissões de Educação e Cultura (1952) e de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas (1952-1954).
Em 1955 elegeu-se deputado federal, cumprindo na Câmara dos Deputados três mandatos (3ª à 5ª legislaturas).
Foi vice-líder e líder da UDN. Foi membro das comissões de Relações Exteriores e Constituição e Justiça.
Na 4ª Legislatura licenciou-se para exercer o cargo de secretário de Estado de Educação (31-01-1961 a 17-5-1962), no governo do José de Magalhães Pinto. Excluída a UDN em 1965, não se filiou mais a nenhum outro partido.
Em 1966, passou a dedicar-se à advocacia e ao magistério. Por concurso, foi elevado ao status de catedrático de Economia Política na Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais (1952) e da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Brasil (1957), posteriormente UFRJ, da qual foi diretor e reitor. Na Universidade de Brasília, foi professor da disciplina Introdução à Economia, em 1966. Foi também professor de Economia da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Ingressou em diversas instituições, entre as quais o Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, a Academia Brasileira de Jurisprudência e Direito Comparado, a Academia Mineira de Letras (em 1970) e a Academia Brasileira de Letras (em 1978).
Em 1981, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, de onde saiu por aposentadoria. Presidiu o Tribunal Superior Eleitoral, de 1985 a 1986, e integrou-o entre 1987 e 1988.
Ministro da Justiça do governo José Sarney, ocupou o cargo de 9 de agosto a 6 de outubro de 1989.
Publicou, entre outros títulos, A Constituição de 1946 e o constitucionalismo político (1957); A Constituição de 1967 – Contribuição crítica (1967);
A Constituição de 1988 – A Constituição dos direitos (1991); O Supremo Tribunal Federal, entre constitucionalidade e política (1998);
O sistema político-partidário e a Constituição (1994); Brasília, destino romano (1965); Meus versos outros – Coleção Afrânio Peixoto (2000).